O uso criativo da voz cantada, ou seja, a exploração do repertório musical da mãe, com variações rítmicas e modificações na ressonância, projeção, pitch (sensação de freqüência: grave/agudo) e loudness (sensação subjetiva da intensidade: forte/fraco) tem fundamental influência como estímulo e aproximação na relação da mãe-bebê.
É importante a mãe realizar adaptações em sua fala para chamar a atenção de seu bebê, facilitando a interação e construção do vínculo. A voz materna, desde o nascimento da criança, apresenta uma intensidade mais forte do que a usual e uma modulação caracterizando sua qualidade vocal como mais aguda e “doce”.
Foi realizado um estudo sobre o relato da intervenção terapêutica que visou a integração corpo e voz (principalmente voz cantada), junto a uma mãe que não conseguia estabelecer vínculo com seu bebê recém nascido, e sofria dores corporais e perda da voz todas as vezes que tentava se comunicar com o seu bebê. O recém-nascido chorava muito, várias vezes ao dia. Além disso, a mãe apresentou disfonia (alteração vocal) após o parto.
O tratamento transcorreu em oito sessões com terapia vocal e corporal. Na fonoterapia realizada pela fonoaudióloga, utilizou-se recursos sonoros da voz cantada, cantigas de ninar e músicas do repertório da mãe.
O resultado após a terapia vocal mostrou que a mãe conseguiu estabelecer mais contato com o seu bebê de modo prazeroso, devido à qualidade vocal adquirida, bem como uma melhor articulação e projeção vocal, fazendo com que não houvesse mais a perda vocal no momento da comunicação com seu bebê. O canto entoado pela mãe teve efeito calmante para o bebê. Toda vez que ela cantava uma melodia ou uma canção, ele parava de chorar. Parecia que ele reconhecia e necessitava daquela voz para se identificar e com isso se sentir seguro e protegido, fator primordial na constituição de uma personalidade saudável.
Percebe-se que as entoações melódicas propiciaram à mãe melhores variações rítmicas com modificações na ressonância vocal e movimentos corporais, que serviram para embalar o bebê e garantir sensação de conforto e de prazer recíprocos. O estudo apresentado evidencia a importância da voz na constituição da relação mãe-bebê, que se fez presente no uso criativo da voz cantada da mãe durante a comunicação com o seu filho.
http://www.fonoque.com/
Palavras-Chave: Fonoaudiologia; Voz Cantada; Relação mãe-bebê; Disfonia.
Referência Bibliográfica
MELLO, Enio Lopes; MAIA, Suzana Magalhães; SILVA, Marta Assumpção de Andrada. Voz cantada e a constituição da relação mãe-bebê. Revista CEFAC, São Paulo, v.11, n.1, p.127-136, jan./mar. 2009.
É importante a mãe realizar adaptações em sua fala para chamar a atenção de seu bebê, facilitando a interação e construção do vínculo. A voz materna, desde o nascimento da criança, apresenta uma intensidade mais forte do que a usual e uma modulação caracterizando sua qualidade vocal como mais aguda e “doce”.
Foi realizado um estudo sobre o relato da intervenção terapêutica que visou a integração corpo e voz (principalmente voz cantada), junto a uma mãe que não conseguia estabelecer vínculo com seu bebê recém nascido, e sofria dores corporais e perda da voz todas as vezes que tentava se comunicar com o seu bebê. O recém-nascido chorava muito, várias vezes ao dia. Além disso, a mãe apresentou disfonia (alteração vocal) após o parto.
O tratamento transcorreu em oito sessões com terapia vocal e corporal. Na fonoterapia realizada pela fonoaudióloga, utilizou-se recursos sonoros da voz cantada, cantigas de ninar e músicas do repertório da mãe.
O resultado após a terapia vocal mostrou que a mãe conseguiu estabelecer mais contato com o seu bebê de modo prazeroso, devido à qualidade vocal adquirida, bem como uma melhor articulação e projeção vocal, fazendo com que não houvesse mais a perda vocal no momento da comunicação com seu bebê. O canto entoado pela mãe teve efeito calmante para o bebê. Toda vez que ela cantava uma melodia ou uma canção, ele parava de chorar. Parecia que ele reconhecia e necessitava daquela voz para se identificar e com isso se sentir seguro e protegido, fator primordial na constituição de uma personalidade saudável.
Percebe-se que as entoações melódicas propiciaram à mãe melhores variações rítmicas com modificações na ressonância vocal e movimentos corporais, que serviram para embalar o bebê e garantir sensação de conforto e de prazer recíprocos. O estudo apresentado evidencia a importância da voz na constituição da relação mãe-bebê, que se fez presente no uso criativo da voz cantada da mãe durante a comunicação com o seu filho.
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Palavras-Chave: Fonoaudiologia; Voz Cantada; Relação mãe-bebê; Disfonia.
Referência Bibliográfica
MELLO, Enio Lopes; MAIA, Suzana Magalhães; SILVA, Marta Assumpção de Andrada. Voz cantada e a constituição da relação mãe-bebê. Revista CEFAC, São Paulo, v.11, n.1, p.127-136, jan./mar. 2009.
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